Com a cabeça vazia e a barriga nem tanto assim,o sono veio de encontro a mim,chegou calmo,calminho.
Adormeci enquanto recapitulava as cenas,falas,cenários e os artistas que participaram das gravações de mais um capitulo desse meu filme,minha vida.E lá se foi mais uma sexta-feira, junto de pessoas que me fazem bem,que fazem de uma simples jantinha no barzinho transformar-se em um evento marcante,cheio de energia positiva.
Um dia tentarei contar,quantas vezes em um único dia me pego falando seu nome ou relembrando algo,as vezes com um sorriso bobo na cara ou então com a testa enrugada e raríssimas vezes com lágrimas nos olhos a escorrer face abaixo.
Um sonho.Um sonho que ao despertar, enquanto a água quente caia na cabeça e enfumaçava o banheiro da Paula,deixou de ser apenas um sonho,passou a ser O sonho, imagens pesadas e agoniantes não foi um sonho bom,mexeu comigo de forma a causar uma reviravolta em minha estrutura fisica e psicologica... Fiquei aerea,no automatico.
O dia ficou cinza,sem graça o riso foi embora dando espaço para um nariz vermelho e olhos grandes e rebeldes que teimavam em me trair.
Rezei pra você,mas ainda assim não me senti melhor.
Saudade,tristeza,vazio,lembranças doces que na época não tinham tal sabor,eu ficava brava cheia de raiva e muitas vezes até chorava.Era uma pegação no meu pé ai que raiva quando eu ligava pra avisar algo e ouvia a frase prontinha:Tem casa não ??? Que vontade de ouvir de novo... Mas como tudo na vida o tempo me curava,passavam se alguns minutos e pronto eu já estava otima,sem raiva ou chateação.
Então de acordo com alguma teorias o tempo cura tudo,cura queijo,machucado,cotovelo,dedo azangado,deixa o vinho mais caro,ehhhh quanto mais velho mais valioso e wisky gente de Deus, precisa ver,é um absurdo de caro quanto mais decadas tiver. É cura muita coisa mesmo!!!
O tempo cura mesmo ou nos faz acostumar? Conformar? Aceitar?
O queijo nem todos esperam curar tem gente que come fresco,o machucado sara mas deixa cicatriz,dependendo do machucado se for diabetico vixi pode até ser que sare.O cotovelo tem gente que fica atrofiado(não é meu caso!!! É o seu ?),O dedo azangado tem gente que fica sem dedo,outros sem unha,tem aqueles que ficam com a unha terrivel de feioza e tem os cuidadosos que ficam assim.O vinho bem o vinho mais velho é valioso,mas o jovem não deixa de ser vinho tem gente que toma suco de uva pensando que é vinho.O famoso Wisky é caro e de que adianta ficar anos e anos curtindo em um trem de carvalho para tirar toda agua da bebida se o tal fulano que o compra ou mesmo que vai serrar uma dose ou varias,enche o copo de gelo,agua de coco,energetico e sei la mais o que,pronto os anos e anos foram ralo a baixo.
Pois então,meu sabado foi diferente estive ausente de mim mesma.E agora com mais uma duvida,o tempo irá me curar se é que estou precisando de cura?
Será que com o tempo irá me curar? Será ? será?Ahhh se cura ou não cura não importa,pois a verdade única e absoluta é que não posso mais te ouvir,brincar,brigar,enjoar,falar e ouvir....
A não ser em sonhos!!!
Hoje e Sempre estaremos juntos...
Fernanda Barreto
Oi Fê, como você está? Lindo seu texto. Aquele da casa me fez chorar. Tenho um blog também, lucaspedromariano@blogspot.com.br "Virgem de Dom Bosco", da uma passadinha lá. Beijos!
ResponderExcluirVocê se foi, mas deixou saudade
ResponderExcluirQuando chegava aqui em casa a primeira coisa a fazer era abrir aquele sorriso maravilhoso e dizer “bença vó”, depois vinha até mim e dizia “e aí Luquinha firmeza”. (variava para Pituca de vez em quando, resultado de uma musiquinha feita só para mim Lucas Pituca, ladrão de açúcar, que já me deixou muito nervoso quando era birrento e rapinha do tacho da mamãe). Não era de conversar muito, mas sua presença nos deixava felizes. Fabinho, nosso Fabinho. Crescemos juntos. Diferentemente do que aconteceu com os outros primos, nunca brigamos. Sempre na dele, caladinho, quietinho, com alguma brincadeira de vez em quando. Deixou muita saudade em nossos corações.
Sei que não é fácil aceitar a morte, afinal ela não nos parece normal. Sempre digo que nos acostumamos, mas jamais aceitamo-la. Não sou muito de chorar em velório, mas naquele dia quando cheguei à celebração de corpo presente na sua casa em Goiânia (depois teve outra na matriz da nossa paróquia), algumas lagrimazinhas silenciosas me pegaram de surpresa. Cantavam uma música bem assim, sempre fica um pouco de perfume/ nas mãos que oferecem rosas/ nas mãos que procuram ser generosas (só me lembro desses versos). Sim as boas lembranças ficam. Jamais se apagarão de nossa memória. E você Fabinho deixou muitas boas lembranças. Filho bom, irmão amável, primo bacana como se diz por aí, amigo legal. Se fosse colocar os adjetivos que te compete, ixe, esgotaria meu vocabulário. Você não se tornou bom porque morreu como acontece com muitos.
Quando vejo a tia Mércia ou o tio Edmundo cabisbaixos não sei o que fazer por eles. Tento puxar conversa. Distraí-los. Será que alguma coisa é capaz de curar a dor dos pais que perdem seus filhos? Ainda não sei.
Ao ver a Fernanda ou ler seus textos me pergunto: o que fazer para ajudá-la? Dizer que creia na ressurreição? Sim, isso aí. Devemos crer na ressurreição firmemente. A morte não é o fim, mas o começo de uma nova vida em Cristo.
Quando alguém morre sempre leva um pedacinho nosso consigo e deixa um pedacinho dele conosco.
Não teria como a morte vir de uma forma mais amena? Tipo assim, marcar hora, dia, mês, como numa viagem de avião para um país distante? Despedir-se primeiro da família, dar aquele beijão em todo mundo, dar um beliscão naquela irmã chata, um croque na cabeça daquele primo grudento, dar um tapinha nas costas e dizer “te espero lá”? Não, não tem como. Sabe por quê? Olha como Nosso Senhor morreu coitado, cravejado de espinhos, ferido, pregado numa cruz. Se o filho de Deus teve uma morte não tão bela assim (para uns), quem dirá a nossa.
Gosto de pensar que sempre após a dor vem a alegria, aí me vem a memória a letra daquela música pois Deus é amor e jamais te deixará sofrer. Com certeza o Senhor não nos dará um fardo mais pesado, do que aquele que consigamos carregar.
O sofrimento para mim é como a lapidação que sofre o diamante: para ser tornar bonito, sem nervuras, é necessário que passe por um processo de pequenas perdas, é necessário perder pedaços. Deixar de ser uma pedra bruta, para tornar-se uma pedra preciosa. Acho que sou um diamante bem durinho, ahhhhhh.
Quanto a você Fabinho, está vivo bem aqui no meu coração, com o mesmo sorriso da primeira vez que te vi (não me lembro bem, mas ele nunca mudou). Rezo por você todos os dias no meu terço, para que São Miguel e Nossa Senhora Auxiliadora te conduzam a Pátria Celeste.
Descanse em paz, em Nosso Senhor Jesus Cristo!
Pax Domini vosbiscum!
Tenha certeza que ele está na paz como Nosso Senhor Jesus Cristo e bem pertinho de nós em nossos corações. Fica com Deus! Te amooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Lucas Pedro do Nascimento
Não sei o que dizer.. Mas.. Tenho saudades de vc!! Tenho medo de perder tempo longe das pessoas que eu amoO e que me fazem bem.. Agradeço por vc ser tão cuidadosa e sincera..
ResponderExcluirContei a verdade pros meus pais.. E vc me ajudou, mesmo sem saber..
Obrigada por me ajudar a recompor minhas asas..
Tenho saudadessssss...
Preciso ver vc, feiosa lindaaa da minha vidaa..
bjoO